Uma tonta, uma triste idiota e tonta
Meu coração ficou em mil pedaços enquanto fugias num cavalo alado sem olhar pra trás
Me deixastes feito noiva abandonada no altar
Covardia!
Como pude me perder de mim?
No reboliço do meu coração te agarrei e me deixei...
Como pude me esquecer e só lembrar de ti?
A chuva cai do céu cinzento e se confunde com minha lágrimas quentes
As memórias, os pensamentos , queria poder jogá-los ao vento e sumir...
Ir pra longe e nunca mais voltar
Ter a liberdade de amar, sem te amar
Pois de tanto te amar, fiquei assim
Uma tonta, uma triste idiota e tonta...
2 comentários:
"...prometa-me que jamais vai se perder de mim
Não deixe que esse sentimento se transforme em mal-querer
Na inevitável partida que há no fim
Deixa-nos eternizados na boa lembrança..." (Allan Julianelli)
Tâmara, encontrei correspondência do teu poema com o do referido poeta. Quando te indagas por que te perdeste de ti conversas contigo mesma, numa inquirição interior sem dimensão. Te entregaste. Deixaste empenhado aquele que é o maior sinal de que se ama: o (teu) coração. E por isso parece que começaste a vagar sozinha, sem teu coração pra ti, só pra ele...ele, esse pugente amor! Por doloroso que era esse amor e por estar envolvida de tal forma nessa relação que ficaste sem controle das coisas, perdeste a liberdade. Liberdade de amar. Pois a chave dessa liberdade há muito já não se encontrava em teu poder. Sem o poder de decidir o rumo do teu coração, o amor, o teu amor, se esgotou mesmo estando o cálice cheio, findou mesmo sendo intenso, corroeu-se mesmo sendo genuíno. Não foste tonta: apenas amaste. Apenas te entregaste sem medo. E tal entrega requer aposta, possibilidasdes, certa loteria.
(Vinícius de Moraes)
"A maior solidão
é a do ser que não ama
a maior solidão é a do ser
que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa..."
Tu apenas não te ausentaste. Apenas amaste simplesmente. E isso é lindo mesmo quando dorido!
Verdade, amei o comentário.
Amar nunca será um desperdício. Amar, sempre vale a pena.
Beijo.
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