sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O beijo


                                                                                             
Não adianta...
Ele está trancado e as chaves se perderam.
Nem adianta tentar.
E vou logo dizendo-te que a porta não existe.
Me refugio no sossego do silêncio, onde posso escutar minhas lamúrias, sem nenhum incomodo.
Sim, pois lamúrias são, bem na verdade um tanto quanto cansativas de  ouvir.
E poupar-te , meu caro amigo, desse impasse, onde estarás com um pé no inferno e o outro no paraíso.
Garanto-te que é mais fácil ficar longe, bem longe...
Não queira queimar suas penas, digo, suas asas á toa...
Pois bem sei o que queres, e isto está longe, muito longe de minhas possibilidades.
Mantenha distância. Digo isso, com a frieza de um malfeitor, pois eu crucifiquei todo o amor que um dia tivera.
Se afaste. - Foi o que ela disse a ele sem êxito.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Um tonta



Uma tonta, uma triste idiota e tonta
Meu coração ficou em mil pedaços enquanto fugias num cavalo alado sem olhar pra trás
Me deixastes feito noiva abandonada no altar
Covardia!
Como pude me perder de mim?
No reboliço do meu coração te agarrei e me deixei...
Como pude me esquecer e só lembrar de ti?
A chuva cai do céu cinzento e se confunde com minha lágrimas quentes
As memórias, os pensamentos , queria poder jogá-los ao vento e sumir...
Ir pra longe e nunca mais voltar
Ter a liberdade de amar, sem te amar
Pois de tanto te amar, fiquei assim
Uma tonta, uma triste idiota e tonta...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Bilhetinho pra você


   


Ontem em meio a  escuridão, a lua foi meu consolo naquela noite fria
Sentia meu peito explodindo de saudades
Teus beijos, já não os tenho.
Teus abraços, já não me aquecem mais.
Abro os olhos e tudo me lembra você
Cabelos ao vento,
Céu estrelado,  tardes ensolaradas
As praça, as ruas
Os beijos apaixonados dos amantes
As brincadeiras, as mãos dadas, os sorrisos
Meu amor eu preciso te dizer que sem você não sei viver.

Eu sou

      
                                                                                       
Eu sou brisa e mar
Concha da praia
Sou brincadeira criança, pega-pega e pique-esconde
Sou a lágrima e chuva
Sou o pulo de alegria
Sou quem pegou o buquê da noiva
Sou o cárcere e a liberdade
A fé e a incredulidade
Sou saudade, sou ternura
Sou amor , perdão e cura
Sou muitas
E todas verdadeiras.
Nem anjo, nem demônio
Sou mulher
Sou sentimento,
Andotas e piadas
Sou dúvidas, medos, poesias
Sou risos, choros, fantasias
Eu sou eu,
E isso me basta.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

O que fazer?



                                                                                                 
Coração vazio como o deserto do Atacama
Onde folhas secas de um outono frio caem e se perdem no tempo...
Sonhos que se vão
E ficam apenas recordações de um tempo bom.
Caminho errado? Talvez não... Quem poderia explicar?
Quem poderá? Se todos também erram o caminho e estão sempre buscando uma saída
Agora já perdida, nem sabe o que fazer , nem pra onde ir...
Sobraram apenas sonhos ...
E estes ficarão pra sempre vivos na memória do sonhador.