terça-feira, 14 de setembro de 2010

Jesus o tapeceiro

                                                   


Estive pesquisando como se faz um lindo tapete persa. Além de ser totalmente artesanal e manual o material tem que ser de altíssima qualidade, o processo é lento e pode levar meses ou até anos para ser concluído. 

Cores, formas, texturas, um emaranhado estranho de fios, um vai e vem das agulhas... No inicio não consigo compreender no que toda aquela confusão irá se transformar - depois de um certo tempo, fico impressionada diante do resultado: a beleza das paisagens, a simetria, o contraste das cores e das formas me deixam fascinada. Então, tudo aquilo que eu não entendia, começa a fazer sentido.

"Tudo que vale a pena ter, vale a pena esperar". É por isso que muitas pessoas pagam muito caro para obter um tapete desses. A pressa é a inimiga de todas as horas. Ela faz com que não tenhamos paciência para obtermos o melhor e tentamos apressar os resultados. 

Assim é a vida. Uma grande obra de tapeçaria. Se observarmos os fatos, no emaranhado que tece nossa existência  - nossos caminhos, nossas escolhas - podemos comparar nossa vida como um imenso tapete. Talvez, olhando para dentro de nós podemos ver apenas o entrelaçamentos das coisas, tudo sem forma e inacabado, uma verdadeira confusão.  Podemos ficar tristes e frustrados com o resultado, imaginamos que ali, nunca existirá nada além do que vemos. Ficamos sem esperanças, quase perdendo a fé.

Mas, com o passar do tempo, algo misterioso acontece. Ao olharmos pra nossa vida, inesperadamente podemos ver obra sendo concluída, as coisas que imaginamos não ter sentindo nem forma, começam a se revelar – Vejam isso!, ficamos perplexos diante do resultado. E com imensa alegria exclamamos dizemos: Deus, o Senhor me surpreende!

Deus é realmente fantástico! Só Ele tem poder de  transformar uma situação impossível em grandes surpresas.  Como um pai ao dar o melhor presente para o filho, espera apenas uma abraço e o  sorriso mais bonito.

E neste momento que  exclamamos eufóricos como se nosso peito fosse explodir de tanta felicidade: Papai!Papai! amei o presente! Obrigada! Obrigada! Obrigada! 


sábado, 4 de setembro de 2010

Maturidade no amor



Dizem que todo generalismo é burro, isso é fato. Mas, com certeza, já ouvimos e vemos inúmeros casos de jovens que namoram cedo demais. Acredito eu, que uma boa parte de sua adolescência, é perdida por conta da precocidade desse sentimento que dizem ser “amor”. Vemos pré-adolescentes e adolescentes, namorando,tendo relações sexuais,abstendo-se de aproveitar a vida por causa de um amor que ainda não é maduro. Um amor que ainda não é tempo de acontecer. 

Com o passar dos anos, essas mesmas pessoas – não todas -, mas a grande maioria delas se arrepende do tempo perdido. Lamentam que deveriam ter brincado mais, viajado mais, se divertido mais, ter feito mais amizades, ter se dedicado mais aos estudos, enfim... Pessoas que de certa forma gostariam de poder voltar no tempo e ter feito tudo o que não fizeram.
Dizem por aí que existe alma gêmea. Será? Sou meio cética em relação a isso. Mas existe os que se apaixonaram e se casaram com a primeira namorada(o) e são felizes – gente de sorte-, porém pra toda regra existe uma exceção.

Demorou um certo tempo pra que eu realmente aprendesse sobre o amor. Sofri, chorei, passei noites sem dormir, me culpando, cobrando do outro algo que eu não sabia dar a mim mesma.- O amor.O sofrimento sempre nos traz sempre grandes lições.

O que é amar alguém? Antes de amar alguém, temos que nos conhecer, nos compreender, nos aceitar e nos amar perdidamente. E isso leva um certo tempo. Tempo suficiente pra que cada um amadureça e que saiba o que quer da vida. Nossa energia, nosso amor e nosso tempo são preciosos demais para desperdiçá-los.

Ninguém consegue ser amor por fora, se não for amor por dentro. Não podemos amar alguém se não nos sentimos bem na nossa própria pele. Um dos mandamentos mais importantes que Jesus Cristo nos deixou foi “Ama teu próximo como a ti mesmo.” 

Quando amadurecemos, entendemos que o amor não é um jogo, não é algo que se corre para alcançar, não está em qualquer esquina, boates, bares ou em sites de relacionamentos. As pessoas procuram alguém para suprir suas carências, para preencher seu vazio interior. Não entendem que o amor acontece no momento que estamos em paz conosco, de bem com a vida e felizes. Se não for assim, poderemos confundir carência com amor, e será um desastre.

Temos que almejar o amor, mas não persegui-lo. Tudo aquilo que perseguimos , foge de nós. 
O amor é algo para ser compartilhado da maneira mais divertida e leve possível. Quando nós nos amamos, podemos compartilhar o amor, seja com quem for. Para que um relacionamento dê certo é necessário aprender a tratar o outro como se fosse o nosso melhor amigo(a), sem depender dele pra sobreviver, sem usá-lo como muleta. O foco sempre será nossa vida-, concentrar-se nos próprios sonhos, se auto-aprimorar e caminhar com as próprias pernas. Só assim, poderemos compartilhar com alguém todos os momentos especiais da vida.

Se estarmos com alguém é porque amamos essa pessoa, e não porque precisamos dela. Sendo assim o amor crescerá dia após dia, e não ficaremos inseguros temendo que alguém nos roube essa felicidade, porque o amor estará dentro de nós. Se a pessoa quiser ir embora por algum motivo,tudo bem. Sabemos que todas as coisas das quais nos desapegamos, voltarão pra nós se nos pertencer. Então ficaremos em paz. E o que ficou ? Ficamos com nossa própria companhia , nosso equilíbrio, e nossos sonhos. Nosso coração ficará inteiro, tendo a certeza que somos a parte mais importante de qualquer relacionamento e seguiremos feliz, feliz, feliz.