quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Toda Mulher quer ser feliz

                
                                                                     

"Toda mulher quer ser amada, toda mulher quer ser feliz, toda mulher se faz de coitada, toda mulher é meio Leila Diniz" diz o trecho da música de Rita Lee. E é verdade. Somos mulheres maravilhosas, revolucionárias, ágeis, práticas, polivalentes, cuidamos da casa, dos filhos, do marido e de quebra ainda sobra tempo pra retocar a maquiagem. 

Ser mulher nos dias de hoje é muito melhor. Temos nosso emprego, lutamos por nossos ideais e somos donas do nosso nariz. Mas nem tudo são flores. Alguns homens -das cavernas - sobreviveram ao grande tsunami das mudanças, e eles vivem entre nós. Verdadeiros vilões da felicidade alheia, tolhem, castram nossos sonhos, apagam a luz de nossa alma, o brilho de nossos olhos. Homens ditadores que maltratam, xingam e deturpam a imagem da mulher-maravilha, para a  mais baixa, cruel e odiada de todas as criaturas... Não merecemos isso.

No mais íntimo do meu ser, me identifico um pouco com Leila. Sou meio revolucionária, amante da vida e do bem estar; falo sempre o que sinto e o que penso, porém ás vezes sou  mal interpretada. No mais, me sinto muito feliz em ser mulher. Mas isso, não me torna um ser frágil ao ponto de aceitar certas coisas. 

Nós mulheres não somos obrigadas a ficar com alguém que nos maltrata, que não nos valoriza. Temos a liberdade de escolher quem merece um lugarzinho no nosso coração gigante. Se desistimos de alguém, é porque com certeza, algo não estava dando certo. Mas, nosso direto de escolha infelizmente  está cada vez mais ameaçado.

É maçante a violência contra a mulher estampada nos jornais e mostradas na TV todos os dias. A cada cinco minutos mulheres são vítimas de algum tipo de violência. Seja ele moral ou sexual. Mulheres espancadas, estupradas e mortas. Mulheres que sofrem humilhações, assédios e maus-tratos.

No Brasil as leis são cegas, assim como a Justiça. Nós mulheres gritamos por Justiça, mas nossas bocas estão amordaçadas e nossas mãos atadas. Somo vítimas indefesas desses algozes. Ao contrário da música, nós não nos fazemos de "coitadas", nesse caso somos.

Que a bandeira da paz entre os sexos seja estendida. Que homens e mulheres tenham seus direitos de ir e vir preservados, sentimentos sadios, e sua liberdade de escolha respeitada. Afinal de contas ninguém é de ninguém. Somos parte um do outro até que nossa felicidade esteja em jogo.

Como disse o poeta Pablo Neruda: "Se sou esquecido, devo também esquecer, pois o amor é feito espelho, tem que ter reflexo".